sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como se deve dar o tiro

A altura do tiro devemos manter a calma para conseguir efectuar um tiro certeiro e mortal.
Depois de com os binóculos identificar-mos bem o javali a que vamos atirar e observar se este se encontra numa boa posição de tiro, devemos calma e silenciosamente colocar a mira em cima do mesmo e iluminar o retículo da mira, aumentando o ponto vermelho central ao máximo e "pousá-lo" na espádua do animal. Deve-se seguidamente fazer uma pequena pressão no gatilho para a frente para accionar o mecanismo do gatilho de cabelo, fazendo seguidamente um último ajuste na pontaria e efectuar o disparo.


Pontos vitais do Javali
Todas as teorias actuais em relação ao momento, distância e local do corpo onde se deve disparar, estão correctas.
Não é complicado assinalar os pontos onde estão os orgãos vitais do javali, como se pode observar nas ilustrações que se seguem. É fácil saber que um impacto no cérebro abateria um animal instântaneamente, que os disparos ao pescoço são igualmente eficazes, ou que um animal atingido na zona central do pulmão e na parte superior do coração não dará problemas de cobro. Nem todas as feridas causam a morte da mesma forma e nem sequer a resistência de todos os animais é semelhante como sabem os caçadores com experiência na caça aos javalis. No momento em que um destes animais sai de rompante, quando cruza um aceiro a grande velocidade ou quando se atravessa no nosso caminho com um salto e conseguimos vê-lo durante umas décimas de segundo... nessa altura a teoria passa para segundo plano e os reflexos e a prática de tiro cobram toda a sua importância.
Quem nunca viu passar um javali numa batida ou montaria logo depois de chegar ao posto quase sem fazer ruído?
Em menos de nada ele surge, deixando-nos sem hipótese de sequer levantar a arma ou, no melhor dos casos, apenas permitindo disparar mesmo quando já se está a embrenhar no mato... Além disto, a diferença entre o impacto da bala num animal parado e um a correr é como a diferença entre a água e o azeite, sendo necessário ajustar calibres e balas se queremos os melhores resultados.

Se o javali está em movimento, em plena linha de tiro e queremos desenvolver normalmente o encare, o disparo mais efectivo será na zona acima do cotovelo, nas extremidades dianteiras onde se encontram orgãos vitais como os pulmões, o fígado ou o coração. Nesta área, quanto mais alto seja o impacto mais fácil será a paragem do animal e o seu cobro, sobretudo se o tiro tocar na coluna vertebral. Por outro lado, se a situação o justificar pode ser efectuado um tiro traseiro, acarretando com as dificuldades que nos pode trazer para o cobro. As possibilidades de cobrar um porco atingido no estômago ou na coxa são praticamente nulas. O tiro será sempre muito mais eficiente nos quartos dianteiros. Também é necessário evitar os tiros à cabeça, representando uma área menor, e ainda com a possibilidade de atingor uma amoladeira ou uma navalha com a bala bastando para isso atingir a mandíbula, com a quase certa impossibilidade do cobro. Alguns javalis são abatidos com tiros na cabeça, mas é mais o resultado do pequeno avanço que realizamos na hora de disparar, do que uma verdadeira intenção. Se atingirmos o animal na coluna, na zona média, tentará defender-se atacando e virando o focinho para os cães o que, num bom navalheiro, é sempre um problema no remate.
Em resumo, a prática do tiro é um bom conselho e uma boa forma para melhorar a performan
ce.

Matilha Macedo Caça Maior

http://www.matilhamacedo.com/montarias.php

Imagem Montaria aos javalís em santa cruz

http://www.vestuariotrabalho.com/download/04-aventura.pdf