sexta-feira, 15 de julho de 2011

Como se deve dar o tiro

A altura do tiro devemos manter a calma para conseguir efectuar um tiro certeiro e mortal.
Depois de com os binóculos identificar-mos bem o javali a que vamos atirar e observar se este se encontra numa boa posição de tiro, devemos calma e silenciosamente colocar a mira em cima do mesmo e iluminar o retículo da mira, aumentando o ponto vermelho central ao máximo e "pousá-lo" na espádua do animal. Deve-se seguidamente fazer uma pequena pressão no gatilho para a frente para accionar o mecanismo do gatilho de cabelo, fazendo seguidamente um último ajuste na pontaria e efectuar o disparo.


Pontos vitais do Javali
Todas as teorias actuais em relação ao momento, distância e local do corpo onde se deve disparar, estão correctas.
Não é complicado assinalar os pontos onde estão os orgãos vitais do javali, como se pode observar nas ilustrações que se seguem. É fácil saber que um impacto no cérebro abateria um animal instântaneamente, que os disparos ao pescoço são igualmente eficazes, ou que um animal atingido na zona central do pulmão e na parte superior do coração não dará problemas de cobro. Nem todas as feridas causam a morte da mesma forma e nem sequer a resistência de todos os animais é semelhante como sabem os caçadores com experiência na caça aos javalis. No momento em que um destes animais sai de rompante, quando cruza um aceiro a grande velocidade ou quando se atravessa no nosso caminho com um salto e conseguimos vê-lo durante umas décimas de segundo... nessa altura a teoria passa para segundo plano e os reflexos e a prática de tiro cobram toda a sua importância.
Quem nunca viu passar um javali numa batida ou montaria logo depois de chegar ao posto quase sem fazer ruído?
Em menos de nada ele surge, deixando-nos sem hipótese de sequer levantar a arma ou, no melhor dos casos, apenas permitindo disparar mesmo quando já se está a embrenhar no mato... Além disto, a diferença entre o impacto da bala num animal parado e um a correr é como a diferença entre a água e o azeite, sendo necessário ajustar calibres e balas se queremos os melhores resultados.

Se o javali está em movimento, em plena linha de tiro e queremos desenvolver normalmente o encare, o disparo mais efectivo será na zona acima do cotovelo, nas extremidades dianteiras onde se encontram orgãos vitais como os pulmões, o fígado ou o coração. Nesta área, quanto mais alto seja o impacto mais fácil será a paragem do animal e o seu cobro, sobretudo se o tiro tocar na coluna vertebral. Por outro lado, se a situação o justificar pode ser efectuado um tiro traseiro, acarretando com as dificuldades que nos pode trazer para o cobro. As possibilidades de cobrar um porco atingido no estômago ou na coxa são praticamente nulas. O tiro será sempre muito mais eficiente nos quartos dianteiros. Também é necessário evitar os tiros à cabeça, representando uma área menor, e ainda com a possibilidade de atingor uma amoladeira ou uma navalha com a bala bastando para isso atingir a mandíbula, com a quase certa impossibilidade do cobro. Alguns javalis são abatidos com tiros na cabeça, mas é mais o resultado do pequeno avanço que realizamos na hora de disparar, do que uma verdadeira intenção. Se atingirmos o animal na coluna, na zona média, tentará defender-se atacando e virando o focinho para os cães o que, num bom navalheiro, é sempre um problema no remate.
Em resumo, a prática do tiro é um bom conselho e uma boa forma para melhorar a performan
ce.

Matilha Macedo Caça Maior

http://www.matilhamacedo.com/montarias.php

Imagem Montaria aos javalís em santa cruz

http://www.vestuariotrabalho.com/download/04-aventura.pdf

OS CAÇADORES, CAÇADOS

Sem duvida que a experiência que vamos contar é um dos casos mais espectaculares dos últimos anos em Argentina pelas características saintes de todo o episódio, que aconteceu a três homens o 26 de Agosto do 1996. So pensar que a duração mesma do fenômeno denunciado extiende-se durante mais de 5 horas sobre uma extensão de estrada de case 380 quilómetros, son suficintes dados para assombrar. O difícil é transferir ao leitor uma experiência tão impressionante que nem os próprios pesquisadores tene a certeza de ter ilustrado e absorbido ao completo, porque algumas imagens são únicas e inacreditaveis. Este é um dos episódios mais complexos, e fixo-se uma pesquisa também importante e que obrigou a escrutar metro à metro cada um de esses 380 quilómetros para certificar testemunhos, e para constatar os mínimos aspectos da vivência. Uma equipa de 10 pessoas convocadas pelos grupos Hemisferios-C.E.F.U. trabalharam perante 9 días do mes de maio de 1997 sobre tudo o trajecto dende a 'estancia La Chaqueña' ate a mesma cidade de Rivadavia (provincia de Buenos Aires), onde finalizou a experiência. Não podemos entrar en pormenores exhaustivos nem agobiantes, mas tentaremos fazer um resumo fel do caso, uma pincelada grosa do increível sucesso que relevamos no território pampeano.

OS PROTAGONISTAS
Enrique Bernal e Manuel Felipe são moradores da cidade de Rivadavia, também conhecida como 'Estación América'. Ambos os dous são afeccionados à caça do javalí e para practicar-la frequentam os magníficos coutos de caça do oeste de La Pampa, onde também abondan outras espêcies animais. Pessoas de muito peso político, empresarial e artístico de este pais, e ainda doutros extranjeiro tenhem grandes extensões de território pampeano pelas suas condições excepcionais para a caça.
Entre um de esses campos esta o de 'La Chaqueña', nome que lhe tem posto o seu dono.
La Chaqueña dista 30 quilómetros da colónia La Pastoril, a 5 quilómetros da estrada N°10. Excepto por este asfalto todos os demais caminhos são de areia que em alguns treitos requierem de veículos fortes como camionetas 4 X 4. Este é um território de acceso dificultoso, por isso os caçadores não baquianos convocan aos avezados guías que os levan aos melores locais. A imensa maioría destas guías ficam em mão dos populares desta região. Jorge Sánchez é morador da cidade de Victorica (70 quilómetros antes de La Pastoril), e conhece dende há tempo à gente de América aos que espera em Victorica o 24 de Agosto pela tarde para brindar os seus serviços e acompaña-los na noite. Estando já apostados e dentro da protecção de um cabano construido especialmente para as longas noites de vigilia dos caçadores (fronte ao cabano ha um bebedeiro artificial onde vão os javalíes a beber), lhes sobrevem a escuridade com uma temperatura que fácilmente descende à 10 graus baixo cero. Estão a esperar um javalí...

COMEÇA A EXPERIÊNCIA
São as 11 da noite do Sábado 24 de Agosto. Até esse momento não se tinham visto porcos selvagens, mas à dereita se eleva entre os montes de caldenes secos um resplandor vermelho muito intenso. Os caçadores pensam num fogo próximo (qualquer incêndio em esta época seca é muito perigoso pois as chamas se extendem rápidamente sobre os vegetais secos), e poem atenção porque estar no meio de um incendio forestal é uma trampa mortal.
No entanto veem que o vento, que vem da mesma direcção do reflexo vermelho, não trae nem cinzas nem o cheiro próprio do fogo, tambem não há qualquer barulho, apenas a luz que segue levantándose como uma cúpula com um centro amarelo.
Sem espera-o, repentinamente a luz apaga-se e tudo volta à normalidade. Seja o que for, não era fogo. Pode-se destacar que os caçadores são os melhores espectadores da noite. Prácticamente mimetizam-se com a paisagem para não alertar a sua pressa, movem-se relativamente pouco e guardam longos períodos de silêncio. É assim que são capaces de sentir o caminhar de um insecto entre as folhas, ou o passo firme de uma pressa à distância.
O caçador conhece as variações da noite, aprende a reconhecer as estrelas e a sumar-se ao silêncio da estepa. Poucas vezes desperdicia um disparo ou confunde o passo de um cervo com o dum javali, por isso discrimina à perfeição, e qualquer anormalidade resalta do que acostuma a olhar. É por isso que a seguinte noite não se excluira da mente dos três homens até a fim das suas vidas.

OS CAÇADORES CAÇADOS
A noite do domingo 25 de Agosto segue sendo má para a caça. Bernal, Felipe e Sánchez estão apostados resignando-se a não levar coisa nenhuma. O frío é intenso e a jornada da segunda feira lhes convida a pensar na volta a casa essa mesma noite. Mas a lembranza ainda viva do resplandor sobre o monte lhe produz inquetude a Bernal, ainda que não o queira confessar aos seus colegas. Não tinha sido fogo e não tinha uma outra explicação, excepto... Jorge Sánchez, acostumado aos relatos sobre ¨luzes maás¨ no mesmo local, tem preferido pasar por alto o incidente da noche do sábado 24, no entanto sobre o ceu ha uma estrela muito brilhante e azul celeste, muito mais grande que o luzero, que a cada um de eles lhe tem alertado, pero não tanto como para fazer nenhum comentário. Às 11:15 Bernal olha o seu relogio e decide a retirada. Sob as once e meia já levantaram o campamento e estão montados no carro emprendendo o regreso. Tenhem por diante vários quilómetros até Victorica onde pensam fazer a primeira paragem e deixar na sua morada a Sánchez. Mas esses quilómetros não são desaproveitados, levam o rifle pronto por si qualquer javalí se cruza no caminho. Estão marchando por uma estrada estreita que termina na 'picada' que leva à estrada 10 e é aquí quando vem diante de eles, o que semelham ser luzes de um outro veículo com uma luz vermelha semelhante à que utiliza o carro de 'Fauna' para o controlo da caça furtiva, e decidem guardar a arma.
Oscar está a guiar o camião e olha que a luz aproxima-se, move-se a um lado do caminho para deixar paso e perante o assombro de todos, a luminosidade de cores semelha elevarse e girar à esquerda. Para Bernal não cabem duvidas de que se trata de um OVNI, mas Felipe resiste-se diante esta possibilidade e segue pensando que é o carro de Fauna que se elevou sobre algum médano, e que dende a sua posição não o podem percibir. Seguem o caminho e a 500 metros a luz reaparece. Oscar Felipe esta decidido a demonstrar que não é nenhuma coisa extranha e poe marcha rápida a o veículo.
A pesar que avançam, a luz segue à mesma distância, mas depois de um treito, e sobre a picada, debem deter-se repentinamente pois um dos 'gardagandos', que separam umas estancias de outras, está fechado com um groso candado. Bernal se decata que a luz pasou sem parar, os três baixam do veículo e olham por onde avançar. À beira há uma entrada, mas as luzes da sua 'camioneta' deixam ver um outro feito, não ha pegadas de pneus, ninguem parece ter passado por la recentemente, então por onde circuló o 'veículo'?. Este caminho não é o mesmo por onde tinham cegado a 'La Chaqueña', é um atalho sinalado pelo dono do campo. Subem o carro e passam pelo costado; ja não se ve nenhuma luz, ainda que é imposivel que 'Fauna' tenha cruzado a entrada sem parar. Até então, salvo Bernal, ninguem emite juizo.

O VEÍCULO... DE OUTRO MUNDO
Estão por tomar o asfalto da estrada 10 quando Felipe pede que olhem ás costas porque os médanos impedem ver si um outro veículo está por pasar no cruze. E o fan sem decatarse de nada, a noite fechada não mostra mais que quetude, frío e silêncio. Ingresam na estrada, viram à dereita e depois uma repentina e intensa luminosidade desde a parte traseira fai pensar a Felipe num carro moi perto e éste protesta aos outros porque não lhe tem avisado segundo a sua indicação, mas nese momento olha as miradas de Sánchez y Bernal cravadas ao visor traseiro de la cabina. ¨não é uma camioneta¨ diz Bernal, e pede a Felipe que se detenha.
Apos de 150 mts. a camioneta se para, e os três descendem para olhar um verdadeiro prodigio. A 200 metros, rebasando o cruze de La Pastoril, e entre un médano que corta e cruza a estrada, esta detido um objecto elíptico, enorme e fortemente iluminado, ligeiramente elevado sobre o caminho. É uma luz celeste que lembra à soldadura eléctrica, e tem um buraco central que despide uma faixa de luz branco que os ilumina intensamente.
Baixo o corpo principal há dois fileiras de luzes multicolores que mudam rítmicamente a sua cor, e às costas da elipse há suspensos no ar, a distintas alturas, mais dois corpos elípticos mais pequenos que são uma réplica em escala do objecto grande. A visão é impactante.
O Ovni é de grande tamanho; o relato dos três é coincidente ao sinalar que os extremos da elipse chegan ao borde dos médanos as costas da estrada, pelo tanto tem uma longitude que supera os 50 mts. De pronto o intenso frío da noite se dilue baixo cálidas ráfagas de ar tibio, e um aroma semelhante ao do ozono invade o campo. Os caçadores comezam a sentir picor no pescoço e no rosto, e temem algo que describem ¨como uma contaminação, posivelmente produzida pelo sistema de navegação ou propulsores de esa coisa¨. E case sem pensa-lo subem à camioneta e partem rápidamente. ¨Ao princípio não tinhamos medo senão emoção, tudo isso nos ultrapassaba. Quando sentí o cheiro ácido grité instintivamente - ¡FUXAMOS DE CA!".

A ESCOLTA
A grande massa luminosa eleva-se do seu local na estrada e aproxima-se ao veículo dos caçadores a menos de 150 mts. Claramente mostra a intenção de navegar perto da camioneta pois coloca-se na beira depois do outro. As testemunhas afirmam que houbo momentos nos que o objecto semelhaba materializar-se e desmaterializar-se para aparecer em outro lugar. A pouco de sair o Ovni eleva-se e fica parado à mesma altura que um médano, mas desde dentro da massa luminosa uma série de luzes surgem ¨como si se tratara de uma caravana de carros em fila¨, e estas chegan a se por moito perto da caixa. Instantes depois a luz mais grande volta a absorber às restantes e faz uma maniobra veloz que a pone, agora, justo frente à camioneta. ¨Parecía quer demonstrar tudo o que podía facer porque se mexia em direções distintas em milésimas de segundo, diante e detrás de nos, iluminándonos com fazes de luz verde quando passaba por cima de nos. Por momentos viajaba por cima dos arames, e em outros punha-se diante, no sentido contrário seguindo nossa mesma velocidade. É uma coisa imposível de describir, semelhaba brincar com nos.¨
Realizando esta brincadeira de escolta, o Ovni acompana ao veículo até poucos quilómetros antes de chegar à cidade de Telén. Felipe faz um esforço enorme por se manter ao volante, mas está decidido a não parar. Em esses momentos percebe os focos de um outro veículo que vem desde a estrada por diante. Faz múltiples senhas para que se detenga, poem a camioneta a beira do caminho e realizan insistentes piscos mas o outro veículo não aminora a sua velocidade. ¨vimos que o Ovni em vez de mostrar-se foi-se como 2.000 mts campo adentro pondo-se case detrás da camioneta que vinha desde Telén. A camioneta não paró, e uma vez que nos rebasou, o Ovni começou a acercar-se outra vez, por isso arrancamos inmediatamente.¨
Já case à altura de Telén o Ovni ascende pela dereita e se aleja, ficando como un luzero no ceu.

SEM NOVIDADES NO CEU
Ao entrar na cidade de Victorica deixan a Sánchez na porta da sua morada. Éste insiste em que pasem a noite na sua morada, e que partan com o sol, mas Bernal e Felipe, visivelmente nerviosos so pensan em chegar as suas casas.
Antes de sair da cidade cargam combustivel, conversam com o empregado de 'YPF' sobre o que aconteceu, e este toma por precaução os nomes e o número da camioneta. Retoman a estrada 10; o objecto é prácticamente invisivel, so pode observarse uma estrela fulgurante de cor celeste moito longe.
Os nervios e a emoção são case inconteniveis para ambos os dois caçadores. Pretendem serenarse mas é inútil, a experiência é moito poderosa ainda que marchan sem reparos caminho a 'América'.
A segunda parada acontece na cidade de Castex onde se param a beber um café e falar com a polícia. As pessoas que viram esa noite aos caçadores coincidem no estado de nerviosismo que demonstraban. Em total uma meia dúcia de pessoas dialogaram com eles entre outra bomba de YPF e o bar da estação de serviço até que chega a polícia, que eles tinham chamado. Os agentes Cun y Cuello registram o testemunho, anotam de igual modo os nomes e os dados de a camioneta, e os acompanham um treito do caminho de regreso.
A viagem restante se realiza sem novidade. A luz já não é visivel e esto parece deixar tranquilos aos homens, sobre tudo a Bernal, que tinha chegado a especular que o Ovni podía chegar a raptar-los e levar-los num outro lugar, num outro pais, como tinha escutado alguma vez de casos semelhantes.
Por um momento se param a pensar nos seus aspectos desencaixados, nas suas apariência desalinhada, agravada por un relato increível que podía levar a pensar a qualquier pessoa que se trataba de dois tolos dicindo que 'ananinhos verdes' os estaban persiguindo pela estrada. Para serenarse não fan outra coisa que falar, tratar de entender o que aconteceu.
Apenas rebasada a 'policía caminera' de González Moreno, já sobre a provincia de Buenos Aires, Bernal ve à distância um destelho celeste que lhe é conhecido. O Ovni não tem desaparecido.

A experiência mais alucinante
Oscar Felipe nega-se a acreditar que esa luz é o Ovni, e assegura que deve tratar-se dum outro carro, mas quando esta a pensar isto, o objecto amostra umas luzes surpreendentes. Entre as cores há uma feixe verdoso que chega a inundar a camioneta.
As mãos de Felipe não soltam o volante, mas Bernal esta agora como recostado nos seus proprios joelhos, esta murmurando coisas inaudiveis. O homem trata de estabelecer uma comunicação telepática, convencido que a inteligência que goberna aquele objecto esta tentando demonstrar alguma coisa e numa tentativa por ser escutado diz: ¨por favor, somos gente inofensiva, como ratos de laboratório, e queremos comunicarmos com vocês de qualquer modo para saber si nos percebem, para que nos digam de onde veem e que estão a facer¨, e num emocionante momento Bernal pede que se o estão a escutar, deixem de iluminar-los com a luz verde, e ao instante apaga-se.
O Ovni segue diante de eles. Alem ha uma curva de onde vêem dois camiões, e em total controlo da situação o objecto luminoso se aleja outra vez para não ser observado. Os camiões passam. A luz começa a crescer frente a eles.
Bernal tenta provar a valides do seu 'contacto' y volta a pedir que, si o estão a escutar, voltem a iluminar-los com uma outra luz, laranja ou bermelha, e ao instante um destelho bermelho invade tudo a visão e semelhante penetrar à cabina sem projectar sombras. Isto deixa sem palavras e sem tentativas de explicação a qualquer duvida respeito do que teem diante... Sobre o cruze das estradas 33 e 70, a 5 quilómetros da cidade de 'América', o Ovni se pon sobre a interseição e lá desplega toda a sua capacidade luminosa. Centos de luzes multicolores surgem diáfanas de uma sorte de arco iris que abarca toda a vista. Enmudecidos pelo imponente espectáculo ficam paralizados : ¨nunca vimos uma beleza tão impressionante como as luzes que despediu o Ovni frente a nos, não podíamos ver outra coisa¨. En esse último instante, e ante a proximidade do objecto, Felipe solta o volante e se abraça com Bernal murmurando umas poucas palavras: ¨isto é o fin¨, e penetram na luz. Momentos depois o Ovni semelha elevarse, e surpreendentemente a camioneta dos caçadores aparece sobre o caminho de 'América' sem que nenhum dos homens se tenha decatado de quando se fez a manobra de giro. Ambos tratam de localizar o Ovni mas éste tinha desaparecido, nesse instante Bernal pide que o contacto não se corte.

UM CASO ÚNICO
Até aquí a experiência resumida de todo o acontecido entre o 24 e o 26 de Agosto de 1996. Cabe acotar que à chegada de Bernal e Felipe a 'América' case às 5 da manha, a luz da cidade estaba cortada, o que em um principio se especulou alguma conexão à experiência OVNI. A investigação levada a cabo sobre estos sucesos tem permitido certificar que este corte de suministro eléctrico esta totalmente isolado da experiência, e para esto se teem estudado os registros do dia e se pediram os informes nas cooperativas eléctricas involucradas alem da enquisa ao pessoal actuante esa noite em todos e cada um dos pontos onde um feito pudera arrojar luz sobre os acontecimentos.
Algo semelhante aconteceu com a estimação de um possivel teleportagem, sugerida em primeiras instâncias por alguns analistas. A enquisa profunda e concienzuda também tem permitido certificar que a corroboração de horários nas paradas onde ha registos confiáveis de esse dia, mais a medição do tempo estimado de toda a viagem segundo as dificuldades plantejadas de cada terreno e treto de estrada, permite afirmar case com certeza que o tempo total utilizado pelos caçadores para trasladarse desde La Chaqueña ate América, contando paradas y diálogos, não dão posibilidade de considerar qualquer tempo perdido.
Um dato de relevo, certificado no Oeste Pampeano, é a série de observações que se dão na zona da experiência dos caçadores, que començan umas horas antes da noite do 25 de agosto e concluen case à mesma hora em que se inicia o proceso de escolta. Estas observações teem um eijo muito importante, e é que na maior parte delas as direcções de fuga dos objectos convergem na região de La Chaqueña, onde tudo començou.
Estes casos foram registrados em Colonia Árbol Solo, Loventué, Santa Isabel, Colonia La Pastoril, etc.; que também foram objecto de equisa. Há indicios para considerar un fenómeno único ou múltiple, mas perfectamente associado ao caso expuesto. Estas aristas inesperadas, com relatos que em principio semelhabam não ter relação, incluso que teem como protagonistas a pessoas que jamáis souberam do caso dos caçadores, agigantam as perspectivas da formidavel vivência. Por último nos resta dizer que o caso em su conjunto é verosímil. A testimunha dos seus três protagonistas é sólido e sincero dada a qualidade humana das pessoas, as referências sobre a sua respetabilidade (son reconhecidos pelos seus vizinhos como pessoas sérias, seguras e acreditaveis), coisa que também pudemos constatar depois de compartir longas horas de enquisa e diálogo com eles. Este caso é já considerado como um dos clásicos da Ufología argentina.

Caçador morreu numa «milharia» aos javalis na Chamusca

Um caçador de 60 anos morreu sábado, 20 de Setembro, durante uma acção de correcção de densidade de javalis, vulgarmente designada de milharia, que decorria numa zona de caça em Perna Molhada, na freguesia de Parreira, Chamusca. Tudo indica que se tratou de um acidente, mas a Polícia Judiciária esteve no terreno a investigar o caso. 

O caçador, de nome Óscar Oliveira Salazar, residente em Escaroupim, Salvaterra de Magos, participava nesta caçada aos javalis numa seara de milho. Terá disparado dois tiros para dentro da seara e imprudentemente saiu da porta onde se encontrava e entrou para dentro do milheiral. Um erro que lhe custou a vida. Possivelmente julgando ser algum javali, outro caçador terá disparado para dentro do milho, sem antes ter identificado inequivocamente o alvo, não se apercebendo de que tinha atingido a vítima.

Os companheiros de Óscar Salazar deram pela sua falta por volta da hora do almoço e foram à sua procura, encontrando-o prostrado dentro da seara alvejado na cabeça. Ligaram para as emergências a pedir auxílio, quando os Bombeiros da Chamusca chegaram ao local apenas puderam confirmar que o caçador já estava morto.

Estiveram no local a Guarda Nacional Republicana e a Polícia Judiciária foi chamada para investigar as causas da morte.

Óscar Salazar era sócio da Associação de Caçadores e Pescadores Mirantemagos, de Foros de Salvaterra, e gozava de grande estima na zona. A sua morte causou grande consternação entre os seus amigos e habituais companheiros de caça.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Caça furtiva ao javali

 
  


Perante o actual estatuto “híbrido” dos Guardas Florestais Auxiliares que os condiciona gravemente no que se refere às possibilidades de actuação no terreno e face à recente integração das Brigadas Florestais nos serviços da GNR, torna-se urgente tomar medidas que vão de encontro às reais necessidades de fiscalização no sector.

A prática de furtivismo, com especial incidência sobre o javali, tem vindo a sofrer um vertiginoso aumento, podendo mesmo dizer-se que neste momento se poderá estar a dizimar esta espécie.

Para isto têm contribuído como é sabido as “milharias” que recorrentemente se têm vindo a fazer e nas quais o Estado tem a maior quota parte da responsabilidade uma vez que é o responsável pela sua autorização e, a utilização de laços, que muitas vezes acabam inclusivamente por atingir “alvos” aos quais nem eram destinados ou ferir gravemente as suas vítimas, infligindo-lhes uma morte lenta e dolorosa.



No entender da Federação Portuguesa de Caçadores torna-se pois urgente, entre outras coisas, que a tutela reconheça de uma vez por todas uma maior atribuição de competências para os Guardas Florestais Auxiliares ou inclusivamente uma reformulação do estatuto profissional destes trabalhadores, que desempenham um papel fulcral em prole desta actividade.

O Javali onde se encontra na Europa

http://www.savageadventures.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=58:o-javali&catid=48:informativo&Itemid=59

Javali

javali é o ancestral selvagem do porco doméstico . É nativa em grande parte da Europa Central , a Região do Mediterrâneo (incluindo Norte da África Montanhas Atlas ) e grande parte da Ásia até o sul da Indonésia , e tem sido amplamente introduzida em outro lugar.
Javalis selvagens atualmente são caçados tanto pela sua carne e para mitigar eventuais danos que podem causar às culturas e florestas. Um javali carregamento é considerado pedreira excepcionalmente perigosa, devido à sua pele espessa e ossos densos, fazendo nada menos do que um tiro matar um erro potencialmente mortal. Caçadores relataram sendo butted-se em árvores de javalis que já tiveram um tiro olhando.
 

Figura 2 – Tamanho médio das ninhadas de javalis em Trás-os-Montes (Norte), Beiras (Centro) e Alentejo (Sul).

Quanto à época de cópulas e de nascimentos das crias de javali vs época venatória em cada região, verificou-se a ocorrência de uma grande sincronização das datas de concepção com as datas de nascimento (120 dias após) e da sua repetição nas duas épocas amostradas. Os picos (da cópula e dos nascimentos) variaram de região para região (Figura 3). Assim, na Região Norte do país, a cópula ocorreu mais tarde e, consequentemente, os nascimentos também, com os maiores picos a ocorrerem nos meses de Março e Abril. No Centro do país o cio ocorreu um pouco mais cedo e a maioria das crias nasceram em Fevereiro e Março, com picos bastante acentuados. No Alentejo, os nascimentos ocorreram praticamente durante todo o ano, com um ligeiro aumento em Janeiro e Fevereiro. Foi também no Sul do país o­nde se verificou uma maior sobreposição (em termos temporais) da época de caça ao javali (pelo processo de Montaria, que ocorre entre Outubro e Fevereiro, com especial incidência nos meses de Janeiro e Fevereiro) com a época de nascimentos das crias de javalis, confirmando a ocorrência de nascimentos durante praticamente todo o ano nesta região.

Tais resultados têm por base não só os aspectos naturais intrínsecos aos habitats dominantes em cada região (clima, disponibilidade alimentar, coberto vegetal, etc.), como também os aspectos relacionados com a gestão das populações deste ungulado que variam consideravelmente de região para região e, em muitos casos, de zona de caça para zona de caça, sendo a alimentação suplementar (fornecida pelos caçadores e gestores durante alguns meses) um dos factores que mais influência tem na biologia desta espécie.
 

Figura 3 – Dinâmica reprodutiva das fêmeas de javali nas regiões Norte, Centro e Sul de Portugal, com destaque para o n.º e período das cópulas e dos nascimentos vs período das montarias ao javali.


TA informação obtida neste estudo permite, de forma sustentada, proceder-se a uma gestão e exploração mais adequada das populações de javali no nosso país. De forma a evitar desequilíbrios populacionais acentuados, nomeadamente grandes e rápidas diminuições populacionais, sugere-se a antecipação da caça ao javali através do processo de Montaria, em algumas zonas do país (especialmente do Norte e Centro), dentro do período legalmente previsto (Outubro a Fevereiro), evitando-se o abate de fêmeas gestantes, prontas a parir ou a amamentar nos meses de Janeiro e Fevereiro. Na realidade, as fêmeas neste estado são mais vulneráveis ao abate durante processos de caça como a montaria, uma vez que possuem uma maior massa corporal (estão mais pesadas e com maiores dificuldades de movimentação) e são mais reticentes ao abandono do local que seleccionaram para parir o­nde, muitas vezes, já construíram as suas camas. O abate destas fêmeas, para além de levantarem alguns constrangimentos éticos, conduzirá a uma diminuição da produtividade da população de javalis nesse ano. Contudo, é uma medida de gestão levada a cabo quando se tem em vista a diminuição da população de javalis, especialmente em situações em que o elevado número de indivíduos está a causar avultados estragos nas culturas agrícolas ou mesmo a provocar acidentes rodoviários. A realização de mais montarias em Outubro e Novembro irá reduzir a pressão cinegética ao javali em Janeiro e Fevereiro, de modo a salvaguardar as fêmeas em estado avançado de gestação ou já paridas e a amamentar. Contudo, tal medida implicará um reajuste de outras tradições venatórias em algumas regiões do país (sobreposição com a caça menor) e uma adaptação das matilhas a condições climatéricas por vezes adversas, nomeadamente devido ao calor em excesso.

Cada vez mais é fundamental que o gestor de caça tenha um verdadeiro conhecimento da população de javalis que gere, não só da sua tendência demográfica, produtividade anual, picos anuais de cópula e/ou nascimentos, como também dos habitatsque a suportam, de modo a poder implementar as medidas de gestão mais adequadas e proceder a uma calendarização das actividades venatórias de uma forma mais ajustada em cada época venatória.
MAPA A QUANTIDADE DE JAVALINS NO MUNDO
Figura 1 – Percentagem de fêmeas (juvenis, subadultas e adultas) prenhes e não prenhes na Região Norte, Centro e Sul de Portugal.

Em termos de tamanho médio das ninhadas de javalis, observaram-se diferenças nas várias regiões, havendo mesmo uma ligeira tendência para o seu aumento das populações mais a Norte para as populações do Sul (Figura 2). Enquanto que na Região Norte as populações de javali possuem ninhadas com 3,96 crias (valor médio), no Centro e no Sul esse valor situa-se nos 3,94 e 4,37 crias por ninhada, respectivamente. A nível nacional, isto é, considerando todas as fêmeas amostradas neste estudo, independentemente da região de proveniência, a média do tamanho das ninhadas situa-se nas 4,17 crias/ninhada (± 1,48).
As ninhadas oscilaram entre uma a seis crias em Trás-os-Montes, uma a oito crias nas Beiras e uma a nove crias no Alentejo, reforçando o gradiente vertical verificado para outros parâmetros reprodutivos.

A caça ao javali em Portugal: aspectos reprodutivos desta espécie

Comparativamente a outros ungulados europeus de peso semelhante, o javali (Sus scrofa L.) é uma das espécies mais prolíficas, isto é, que procria abundantemente. Esta característica é conferida não só pelo grande número de crias por ninhada como também pela possibilidade de haver três períodos de reprodução em dois anos, tal como foi já descrito por alguns investigadores. Para além destes aspectos, esta espécie apresenta outras particularidades no que respeita a parâmetros reprodutores: a primeira reprodução é relativamente precoce (fêmeas com cerca de 33 kg podem entrar em ovulação), o período de cio é longo e irregular, podendo ocorrer um período de repouso sexual e o período de gestação é relativamente curto (cerca de 120 dias).

No sentido de se obter informação mais precisa e real sobre as características reprodutivas da população de javali em Portugal, procedeu-se a um estudo a nível nacional promovido pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (equipa da Doutora Aurora Monzón), da Universidade de Coimbra (equipa do Doutor Carlos Fonseca, actualmente na Universidade de Aveiro) e da Universidade de Évora (equipa do Doutor Pedro Santos). Este estudo tinha como principal objectivo avaliar o impacto do período venatório no ciclo reprodutivo do javali em Portugal. Foram amostradas populações provenientes de 12 concelhos de Trás-os-Montes e Alto Douro (Região Norte), 16 concelhos das Beiras Litoral e Interior (Região Centro) e de 9 concelhos do Alentejo (Região Sul). No campo, procedeu-se à recolha dos embriões/fetos de javali em duas épocas venatórias (1999/2000 e 2000/2001, com especial incidência entre Outubro e Fevereiro), bem como de informação relativa às fêmeas abatidas (peso, idade, estado reprodutivo, etc.). No laboratório efectuou-se a contagem dos embriões/fetos, determinou-se o seu sexo e a sua idade através da fórmula: 

A ESPERA

O processo de caça DE ESPERA é aquele em que o caçador se coloca (ou posta) em local de visibilidade privilegiada sobre um ponto de alimentação, de água ou de passagem para poder observar, seleccionar e cobrar um animal, seja ele de caça maior seja de caça menor. Apesar de tudo, este é o processo mais especificamente destinado á caça do Javali, durante a noite, com o luar por companhia.
  Desta forma e com o auxilio de excelentes ópticas - ( é para este fim que se fabricam as miras telescópicas com  50 a 56 e mais milímetros de diâmetro útil de objectiva , e bem assim os binóculos 10X50 ou mais potentes), que podemos, comodamente instalados, observar a "entrada" dos animais ao posto de caça, avaliar,  as suas características e cobrarmos, de forma eficaz, o animal pretendido.
  O posto de espera pode ser de vários tipos: aberto ou fechado, elevado ou ao nível do chão ou ainda uma combinação de ambos. Pela minha experiência e tendo concretizado largas dezenas de esperas aos javalis em ambas as situações, prefiro os postos elevados e fechados pois constituem uma maior segurança para evitar ser detectado antecipadamente pelos animais, sendo ainda muito confortáveis. Contudo a verdadeira mestria do caçador está na escolha da localização de um simples posto de chão, aberto, onde apenas se conjugam três paus de 3 metros de comprimento atados em forma de U invertido, para servirem de apoio para a arma.
Posto de Espera, elevado e semifechado.
   Ainda sobre a localização do posto de espera deve salientar-se que este pormenor é da maior importância. Assim deve ser instalado num local em que o vento dominante esteja sempre a nosso favor (na cara), deve distar no mínimo 50 a 60 metros do local onde esperamos que apareçam os animais (pessoalmente prefiro distâncias dos 70 aos 120 metros dependendo das condições do terreno e da visibilidade do local), estar instalado sem contrastar com o céu (com obstáculos por detrás, p. ex. árvores ou acidentes naturais do terreno), de preferência sem coberto vegetal pelas costas (para evitar que o animal desconfie e circule por detrás de nós e nos apanhe o odor) e com a Lua por detrás ( para não encandear o óculo no momento do tiro).
  Como facilmente se percebe é por este motivo que os postos elevados e fechados, nos quais apenas existe uma abertura/janela de 40cmX70cm para atirar, são os preferidos da maioria dos caçadores. Se estiverem bem construídos e convenientemente vedados será impossível que, mesmo com "mau ar" , algum animal nos apanhe o odor. E ... podem, inclusivamente, estar mal colocados. 
  No caso específico das esperas aos javalis e para mais facilmente os atrair a um local, é costume estabelecer-se um ponto de alimentação - cevador - onde onde se lhes facultará diariamente a guloseima que lhes seja mais atraente.
  Finalmente resta observar frequentemente o local e quando constatarmos que as visitas são frequentes,  proceder à espera propriamente dita. Para isso devemos também observar alguns comportamentos  fundamentais:                                                                                                                                                                           Posto de Espera elevado, aberto
  - Chegar ao local pelo menos uma hora antes do pôr-do-sol . Se por acaso se atrasar  e chegar á boca da noite, é preferível não ir para o posto e deixar a faena para outro dia.
  - Ao ocupar o posto ( ou entrar para o palanque) tente fazer o mínimo ruído possível ( não sabe a que distância estão os animais encamados e se sentem a sua chegada).
  - Durante a sua permanência no posto, esteja o mais silencioso e sossegado que seja possível. Se tiver que se levantar ou fazer algum ruído aproveite os momentos em o vento seja mais forte para que os sons do ambiente abafem os seus.
  - Esteja atento aos ruídos do mato: um ramo seco que estala, uma pedra que rebola ou um tom seco na terra são normalmente indícios da aproximação (entrada) de um animal. E lembre-se que o porco maior é o que faz menos ruído, enquanto o pequeno é aquele que gosta de "dançar o sapateado".
  - Por fim, encha-se de paciência. Uma espera, quando não se atira, deve decorrer até cerca das 02.00 horas da madrugada. O abandono antecipado do posto não só denuncia a sua presença como também o estraga irremediavelmente.
  - Se não atirou e tem animais no cevador a comer, não saia do posto. Espere que se vão embora, aguarde meia hora e então pode sair da forma mais sigilosa possível. 
  - Se atirou, tenha calma e mais paciência. Espere pelo menos 20 minutos antes de sair do seu posto, seja para apreciar o animal cobrado seja para verificar indícios do tiro.
  - Se o animal não ficou morto no local do tiro, há que ter muito cuidado. Decorrido o tempo mencionado no parágrafo anterior, vá ao local onde este se encontrava e, com a ajuda de uma boa lanterna, procure indícios do tiro no chão. A existência de salpicos ou jactos de sangue vermelho vivo, significa que o animal tem o tiro colocado na área do coração; por seu lado o sangue é vermelho claro e com bolhas, significa que tem os pulmões destruídos; já por outro lado pedaços de osso, banha, pêlos e pouco ou quase nenhum sangue são mau sinal no que se refere ao cobro da peça. Se por acaso vir um buraco ou um risco recente na terra, isso significa que errou o tiro e não vale a pena perder tempo a procurar o bicho.
   - Se tiver que procurar o animal tome providências de cautela; espere por um companheiro de caça, pelo guarda da zona ou outro e tente seguir o rasto de sangue, sempre com a lanterna numa mão e a arma na outra. Não se deve afastar mais de 50 metros do local do tiro, quando procede à busca. Quando se trata de javalis feridos de morte mas ainda vivos a faena pode sair muito complicada, se não perigosa. Ao não encontrar o animal, será preferível - e muito aconselhável - voltar de manhã cedo, ao nascer do dia e com mais companheiros, para então se proceder melhor à busca. Lembre-se que de dia se vê muito melhor do que de noite.

Caça ao Javali com Arco ou com Besta


Caçar javalis com arco e flecha.
Há ainda muitos caçadores para quem caçar javalis, só com arma de fogo, caçadeira com bala
ou carabina de grosso calibre para secar o animal. Ali, não mexe mais. São normalmente os
aficionados de montarias e batidas, tão populares no nosso panorama cinegético. Outros há,
ainda no capítulo das armas de fogo, que optam pelo tiro de precisão com calibres
relativamente pequenos e normalmente em espera nocturna.
E depois há um grupo de caçadores, em expansão, que se dedica, também em espera nocturna, à
caça do javali mas com arco ou besta.
É verdade, os arcos e as bestas ainda existem, resistem e são usados. Portugal foi o
primeiro país que na Europa regulamentou o seu uso para caçar.
Como é que se caça javali com arco ou com besta?
99% dos caçadores que caçam javali com arco ou besta fazem-no pelo processo de espera. O 1%
restante além de ser dotado de uma paciência de Job apurou os seus instintos e métodos de
aproximação que fazem inveja a qualquer índio.
A espera é feita, como para as armas de fogo, utilizando um palanque, no chão ou em altura,
que não deve ficar a mais de 30 metros do cevadouro, ou local de passagem dos nossos amigos.
Esta é a distância máxima aconselhável, para fazer um tiro em segurança e que seja mortal, o
que torna este método de caça bem mais difícil do que com arma de fogo, uma vez que se está
praticamente “em cima” do bicho e só se pode fazer um tiro. Ou se acerta, ou quase de
certeza que ele se vai embora a abanar o rabo.
Ora o nosso amigo sus scrofa como sabem, é dotado de uma audição bastante apurada, de um
olfacto ainda melhor e das manhas próprias de um bicho selvagem que usa todos os sentidos,
mais o que aprendeu para se manter vivo. Para estar a 30 ou menos metros de distância de um
cevadouro sem ser sentido, é preciso muitas vezes ter um comportamento igual ao das presas.
Há que contar com tudo: os barulhos, o vento, o nosso cheiro ou o cheiro do equipamento, as
sombras nas noites de lua cheia, etc.
Utiliza-se o arco “compound” que, através de um sistema mais ou menos complexo de roldanas,
desmultiplica a força utilizada para o armar e imprime à flecha quando disparada,
velocidades que actualmente são superiores a 100 metros/segundo.
Também se usa a besta, que é a arma ideal para quem não tem tempo para praticar tiro com
arco (sim, é preciso treinar…), ou para quem usa ou usou armas de fogo e se quer iniciar
neste método de caça. O encare é idêntico ao de uma espingarda ou carabina, em muitos casos
existe uma mira telescópica ou um ponto vermelho. A velocidade é idêntica ou um pouco
superior à dos arcos “compound” e o projéctil, o virotão, é mais curto e mais pesado que uma
flecha.
A potência (força) deve ser igual ou superior a 60 libras para um arco “compound” ou 175
libras para uma besta.
Há caçadores que ainda usam o arco recurvo, clássico - parecido com os que vemos nos filmes
do Robin dos Bosques -, mas que em mãos experientes proporcionam resultados muito
satisfatórios.
As flechas (para os arcos) ou os virotões (para as bestas) que se usam para caçar são
idênticos aos utilizados para praticar tiro ao alvo, mas são munidos de pontas de caça, que
para o javali são pontas equipadas com duas ou mais lâminas extremamente afiadas, fixas ou
móveis e com pesos entre os 100 e os 125 grãos – a unidade de peso usada é a mesma que para
os projécteis das armas de fogo.
A morte das peças atiradas com flecha ou virotão ocorre por hemorragia provocada pelo corte
de vasos sanguíneos e os animais morrem ao fim de algumas dezenas de metros quando o tiro é
bem colocado – zona toráxica. Na maioria dos casos e por incrível que possa parecer a quem
não caça com arco os animais são trespassados e “apagam-se” sem as reacções que normalmente
têm quando são atirados com arma de fogo.
Onde caçar javalis com arco ou besta?
Os gestores das ZCA e das ZCM ainda não estão muito habituados a este tipo de caça pelo que
é raro encontrar palanques ou locais de espera que satisfaçam minimamente as necessidades
dos arqueiros-caçadores. Já há uma ou outra zona com palanques preparados, mas são poucas.
Já algumas ZCT estão a começar a apostar neste tipo de caça. Além de terem palanques
preparados para o tiro com arco ou besta, reservam parte da zona para a caça exclusiva com
arco ou besta.
Estas zonas de caça com arco ou besta servem um duplo propósito. Como são zonas em que não
são efectuados disparos que alertem a fauna, os bichos encontram um sítio de relativa paz e
descanso que serve como área de reprodução, indo depois povoar ou repovoar outras áreas da
zona de caça.
O efectivo não é muito diminuído quando se caça com arco ou besta uma vez que a taxa de
abate é baixa, e os arqueiros-caçadores são selectivos nas peças a que atiram.
Existe um grupo de cerca de quarenta arqueiros-caçadores que se juntou informalmente, e que
se auto-designa como o 1º Grupo de Caçadores com Arco ou Besta de Portugal
(http://1gcabp.wordpress.com). Estabelece acordos de caça com ZCs (Turísticas, Municipais ou
Associativas) ou compra postos de caça para os seus membros, fornecendo o know-how para a
criação ou adaptação dos postos de tiro negociados.
Neste momento já existem acordos com cinco zonas de caça perfeitamente adaptadas à caça com
arco ou besta: uma no Centro – serra do Açor (6 palanques); uma no Ribatejo: Herdade da
Agolada de Baixo (4 palanques); uma no Alentejo: Herdade de Vale de Reis (4 palanques); uma
no Algarve: Herdade da Pereira (6 palanques e 1000ha reservados…) e uma no Oeste: Os “M” do
Oeste em Torres Vedras (4 palanques).
Autor deste artigo: José Franco (arqueiro-caçador do 1gcabp)